A história dos fundadores do Airbnb

No artigo Hospedagem colaborativa – A nova onda da internet, falei sobre uma forma inovadora de viajar que é sucesso no exterior e que está ganhando cada vez mais adeptos no Brasil. Caso não saiba, recomendo que leia o artigo. Aqui vamos falar do Airbnb.

O primeiro site que surgiu para oferecer esse tipo de serviço foi o Airbnb. Ele foi criado por 3 pessoas: Nathan Blecharczyk, Brian Chesky e Joe Gebbia.

Encontrei um vídeo em que Joe conta como tudo aconteceu, desde a época em que apenas sonhavam em virar empreendedores. A história deles é muito legal e vale cada minuto! São quase 8 minutos no total.

Para aqueles que tiverem dificuldade de entender o inglês (o vídeo tem tradução automática para português).

Comentários de uma palestra de Joe Gebbia (fundador do AirBnB)

“Tudo começou quando eu ainda era um estudante de design e conheci o Brian, um colega de classe. Conversando com ele, sabia que um dia tentaríamos virar empreendedores.

Em 2007, decidimos sair dos nossos empregos e nos mudamos para San Francisco com o objetivo de realizar o nosso sonho.

O tempo foi passando e o dinheiro acabando. Para piorar a situação, fomos avisados que o aluguel do apartamento em que morávamos iria aumentar. Nós tinhamos 14 dias para achar um meio de pagar todas as contas. Ao ver o espaço vazio na sala, pensei: “Nós temos algo aqui! O que podemos fazer com isso?”

Ficamos sabendo que haveria uma conferência sobre design na cidade e, por causa disso, todos os hotéis estavam lotados. Nesse momento, o espaço vazio que tínhamos na sala parecia ser muito mais interessante: Poderíamos oferecer aos visitantes um colchão de ar para dormir e preparar o café da manhã (É daqui que surgiu o nome Airbnb, que são as siglas para Air Bed and Breakfast).

Airbnb

No outro dia, já colocamos a idéia em prática: Construímos um site e fizemos até camisetas. Depois de um tempo, viramos notícia na mídia porque alguns blogs estavam fazendo matérias sobre nós.

Achamos que apenas estudantes com pouco dinheiro iriam ser nossos clientes, afinal, quem mais iria dormir em um colchão de ar no meio da sala? Estávamos tremendamente enganados! Dentre os nossos primeiros clientes, havia um senhor de 45 anos, casado e pai de 5 filhos.

Tudo foi muito legal porque conversávamos bastante e trocávamos experiências com os visitantes. A estadia se tornou algo mais pessoal.

Eles nos perguntaram se poderiam viajar dessa forma para outras cidades. Pensei: “Humm…”. Aliás, conseguimos pagar todas as contas com o dinheiro que ganhamos com a hospedagem.

Queríamos melhorar o site, mas éramos designers e não programadores. Acabamos conhecendo o Nathan que era uma pessoa mais técnica e ele se juntou a nós no Airbnb.

Uma coisa que notamos é que muitas pessoas iam à lugares onde aconteciam conferências e, olhando esse potencial, decidimos melhorar o site para que pudesse oferecer hospedagem em qualquer lugar do mundo e também receber pagamentos online.

Tentamos ganhar mais exposição aproveitando alguns eventos que reuniam muitas pessoas, mas o sucesso não veio como esperávamos. Fomos apresentados a 20 investidores, apenas 10 retornaram os nossos emails e, no final, ninguém quis investir. Resumo da história: estávamos sem dinheiro de novo.

Para tentar ganhar uma renda extra, decidimos fabricar cereais matinais em casa. Criamos até uma música para vendê-los (escute a música aos 9 minutos do vídeo!). Eles fizeram tanto sucesso que conseguimos arrecadar o suficiente para financiar o Airbnb.

No meio do caminho, conhecemos um investidor que nos ajudou a perceber uma coisa importante: O nosso negócio era movido pelas pessoas e não por um sistema (referindo-se ao foco que deram na programação). Por isso, viajamos até Nova York e decidimos conhecer, pessoalmente, aqueles que usavam o nosso site.

O legal de tudo isso é que eles nos contavam os problemas que tinham com o site e nós trabalhávamos para consertá-los. Isso parecia dar resultado, pois vimos que os acessos estavam aumentando. Viajamos para outras cidades e fizemos a mesma coisa: Ouvimos o que os usuários tinham a dizer e resolvemos os seus problemas.

Olhando o site, descobrimos que muitas pessoas começaram a usar o nosso serviço de uma forma inusitada, disponibilizando casas na árvore, barcos, castelos, ilhas e até iglus! Os acessos ao redor do mundo foram aumentando e, em 2011, a maior parte dos negócios já era internacional.

Nós não imaginávamos que essa idéia se tornaria algo tão grande como é hoje. Acho que um grande diferencial foi ter escutado o que as pessoas tinham para falar e consertado os problemas um a um.

Não posso dizer que mudamos o mundo com o Airbnb, mas com certeza mudamos a forma como as pessoas tem experiências na vida.”

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