Existe muita especulação sobre a influência dos sinais sociais no bom posicionamento de um site no Google.
Como ‘sinal social’ entenda-se: curtirs, comentários e compartilhamentos no Facebook, tweets, pins (Pinterest) etc.
Eu mesmo já vi diversas pesquisas afirmando que o Google estava dando um peso maior para estas variáveis e que, por isso, se você quisesse rankear bem, era preciso estar presente e ser ativo nas mídias sociais.
Os 2 lados da moeda
Grupo 1: De um lado, estão pesquisadores, supostos especialistas e especuladores que repetem as informações lidas em outras fontes ou que olham os resultados da busca na tentativa de achar alguma correlação entre os fatores de rankeamento;
Grupo 2: Do outro lado, estão profissionais de SEO que, efetivamente, rankeiam sites e testam o algoritmo fazendo experimentos para avaliar o que funciona e o que não funciona no Google. Este grupo pode ser dividido em: agências de SEO e profissionais “underground” (=internet marketers).
Em quem você deve confiar?
Enquanto lia esta pesquisa da Moz (sinceramente, não costumo ler as publicações deles), uma frase me chamou a atenção:
“SEOs, on the other hand, do not think that social signals are very important in the overall algorithm”.
Traduzindo ao português:
“Os profissionais de SEO, pelo contrário, não acham que os sinais sociais são muito importantes no algoritmo”.
Agora, quero te fazer uma pergunta:
Em termos práticos, quem é a fonte de informação mais confiável sobre os fatores que ajudam a rankear no Google: o grupo 1 (pesquisadores, supostos especialistas e especuladores) ou o grupo 2 (profissionais de SEO)?
Obviamente que a minha opção é o grupo 2 porque as conclusões tiradas de testes revelam, com uma precisão maior, o verdadeiro comportamento do algoritmo.
Porém, dentro desse grupo, a minha preferência é, DISPARADO, os profissionais “underground” que vivem de SEO, e não as agências (vou deixar um mistério do por que dessa preferência…hehe).
A minha opinião sobre os sinais sociais
O título deste artigo foi: “Os sinais sociais realmente ajudam a rankear no Google?”
Eu tenho 2 respostas:
1 – NÃO!
2 – Se tiver alguma influência, ela é tão pequena que é quase igual a NÃO!
Vou explicar, detalhadamente, a lógica por trás da minha resposta.
O risco que o Google não pode correr
Você se lembra do Orkut? E do MySpace?
Pois é…ambas eram redes sociais extremamente populares há poucos anos e hoje é muito difícil encontrar alguém que ainda utilize. Eu fechei a minha conta no Orkut em 2010.
Agora, imagine a seguinte situação:
Se, naquela época, o Google tivesse considerado o número de comentários ou compartilhamentos feitos no Orkut como um fator de peso no rankeamento dos sites (supondo que pudesse ser feito exatamente nos moldes do Facebook), o que aconteceria hoje?
Simples: o algoritmo estaria ZUADO!
Sabe por que?
Porque nenhum site criado na era pós-Orkut conseguiria comentários e compartilhamentos nesta rede social (afinal, é necessário haver pessoas para interagir) e, consequentemente, todos teriam uma enorme desvantagem em relação aos sites antigos que aproveitaram este período de existência.
Provavelmente, os programadores teriam que encontrar uma solução para compensar a falta de uma variável que existia antes (acho que iriam apenas ignorá-la).
Dito isso, você acha que o Facebook ou Twitter estão imunes à falência? Alguém garante que eles continuarão existindo daqui a 5 ou 10 anos? Definitivamente, não!
Seria ingenuidade achar que não existe a possibilidade de uma ou várias redes sociais desaparecerem, mesmo que sejam bastante populares atualmente.
Agora, se o Google realmente considerasse os curtirs e compartilhamentos no Facebook como um fator importante no rankeamento e, daqui a alguns anos, a rede social fechasse as portas; o que aconteceria?
De novo, o algoritmo estaria ZUADO porque as variáveis “curtir” e “compartilhar” não existiriam mais!
Não seria justo dar tamanha desvantagem aos sites criados pós-Facebook ou pós-Twitter.
Este é o risco que o Google não pode correr: o algoritmo não pode depender da sobrevivência de plataformas terceiras para poder rankear os sites adequadamente.
Olhando o histórico, não é difícil perceber que as redes sociais são muito instáveis e podem se popularizar em um dia, e quebrar no outro.
Por isso, se eu fosse o programador do Google, JAMAIS colocaria estas variáveis no algoritmo porque isto abriria brechas para uma distorção enorme nos resultados ao longo do tempo (ou daria um baita trabalho ter que editar o código toda hora que surgisse ou fechasse uma rede social).
Teoria vs Prática
Tudo aquilo que falei até agora tem uma dose de teoria pessoal, mas também é comprovado pelos testes que eu e outros empreendedores fizemos.
A imagem abaixo mostra um dos meus novos “xodós” rankeando para diferentes keywords sem ter nenhuma integração com mídias sociais (estou tratando-o com muito carinho! rs).
Veja a coluna “SERP” para a posição atual no ranking e “Volume” para o total de buscas mensais:
Esta é a maior prova de que os sinais sociais não causam nenhum impacto significativo no posicionamento de um site no Google.
Caso contrário, seria quase impossível alcançar estas posições já que, em tese, eu teria uma enorme desvantagem por ser “anti-social”…hehe!
Nota:
Apenas esclarecendo que não estou dizendo que os sinais sociais são imprestáveis! Eles são importantes para gerar mais engajamento e distribuir o seu conteúdo de maneira fácil, mas não tem (quase) nenhum impacto direto quando o assunto é SEO.
E você? Ainda acha que as redes sociais ajudam a rankear o seu site no Google?
Pense de novo!